Solidão é sedento vazio
Opaco d'alma não dedicada
Todos temos uns dias
De famigerado calor
Queremos matar sede
Trucidá-la com rigor
No entanto, com espanto,
Sem água brava devida
Mesmo que a melhor conversa
Esteja ao lado
Ainda que a mulher mais bonita
Avizinhe-se
Há um momento de súbito oco
Mergulho profundamente raso
Fica-se vadio e livre, pipa solta
Sozinha não, solitária é o certo
Lá fora, um Maracanã a berrar
Nada atrai um solitário coração
Nada escuta-se
Ele, o coração, basta-se
Paulo Roberto Andel, 11/10/2006
2 comments:
como sempre sua tinta é sublime ao manchar no papel muito mais que palavras !
Rá !
como sempre sua tinta é sublime ao manchar no papel muito mais que palavras !
Rá !
Post a Comment