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Sunday, October 08, 2006

Voando baixo

Alguém me perguntou sobre nunca ter voado na vida
Talvez o medo de enfrentar a majestade do velho céu
Minha resposta, simples, irrisória feito saldo negativo
Falou de meu vôo regularmente feito com a vista livre
Imaginação farta a percorrer todo lugar da terra firme
Flanante pelo infinito quase inatingível, mas desejado
Aconteceu que sempre, sempre fui criatura do litoral
Meus pés são acostumados ao gelado mar salgado
O céu não tem fronteiras, só belas estrelas a reluzir
Gosto de segurança, limites, avaliar possibilidades
Admiro os pássaros humanos, de ferro, ao longe
Fito horizonte, defronte, tão belo e tão dadivoso
E cogito voar o mundo, sim, muitas vezes breves
Mas os pés, meus pés, que roçam pelo Atlântico
Estão bem firmes, junto ao solo, mesmo arenoso
Para chegar à Lua ou ainda aos anéis de Saturno
Imaginário meu, livre, basta, sobra e calha, calmo


Paulo Roberto Andel, 08/10/2006

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