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Tuesday, October 10, 2006

Princesinha

Certa vez, eu cruzei a noite de Copabana aos pés
Meu amor distante dava-me suas delicadas mãos
As luzes dos letreiros levavam-nos até Nova York
Misturadas ao barulho dos carros, muitos apinhados
Havia gente aos cântaros, formigueiros nas calçadas
Era véspera de mais um grande feriado adiantado
Eu pensei no caos, no wild side feito por Lou Reed
Onde tudo era quase permitido por ser Copacabana
De repente, pouco importou o pandemônio urbano
O ir e vir dos inúmeros populares bem apressados
E nem mesmo uma fina ameaça de chuva ao léu
Mundo era grande, gigante, resumiu-se completo
Nas palmas suaves das mãos do meu longe amor
Continham todo o calor que eu sempre desejei
Afáveis, adoráveis, firmeza e doçura fascinantes
Quatro mãos, minha dona, linda lua, nua minha
Toda e solamente minha, absoluta compleição
Feito a Copacabana, princesinha que me habita
Ainda que à distância, permanente louco amor


Paulo Roberto Andel, 10/10/2006

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