Elas descem
Caudalosas, fortes
Correm no rosto
E dissipam-se
Nascem, morrem
Muitas vezes
Em todos os dias
De muito tempo atrás
Ninguém as vê
Não vejo ningém
A televisão traz
Notícias populares
O telefone, mudo
As pessoas trancadas
Nos seus quartos
Sem ao menos esperar
A sala de jantar
Ai de mim
As lágrimas são assim
Paulo Roberto Andel, 13/10/2006
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