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Friday, September 20, 2013

a dona do cais

corre
que teu amor não dorme
numa taverna
à beira do cais
e te espera
feito viver um século
por segundo
cante
teu verso sem lágrimas
que saudade a cem por hora
parece o tempo
que parou
viva
dois olhinhos pretos
e um sorriso de porta-estandarte
como se o mundo fosse fim
uma duquesa
em prosa e charme
leveza de arquitetura
em aroma de alfazema
cante
viva
sorria
a beleza ali tão tua
e canecas invejosas
tilintam
nos arredores -
respiramos um país
em beijo, gozo e sina
a lua não vai dar cris
e o amor de primavera
tem a ver
com certo rigor e lances
duma noite
na Baviera

@pauloandel

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