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Monday, December 04, 2006

Copacabana, rosa

Ponho meus pés na beira do mar de Copacabana
Bem em frente a uma certa rua onde muito morei
Faço-me me rosa dos ventos, lembrando infância
Dos tempos idos de corrida de chapinhas n'areia
Ao sul, duas avenidas monumentais, abarrotadas
Com seus carros e gentes, veias abertas e morte
Oeste, meu Leme de Vera, Simone, tarde lunar
Silêncio e solidão, picolé na mão, volta para casa
O leste traz-me beleza, Tatiana, jogo de peteca
Madrugadas negras no perdido sentido no Forte
E meu norte, onde mora meu norte, minha direção?
Mistura-se fundo a nordeste e noroeste, celeste
Minha vista juvenil enxerga n'orizonte o fim da linha
Ao longe, quando céu e mar passam a ser um só?
Onde é que a terra termina? A vida termina? Será?
Quem é que mora agora depois do pôr do sol?


Paulo Roberto Andel, 04/12/2006

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