Sete horas (PM.) e a cidade ainda arde.
A tarde resiste bravamente e retarda a chegada da noite.
A cidade é um labirinto onde eu ando e sinto em cada rua, em cada esquina que dobro, o calor (também da sua alma, da sua gente).
Caminho por entre as ruas fechadas pelos arranha-céus e preso a essa geometria reta, esbarro nos vértices e arestas que desenham sua assustadora beleza. Verticais edifícios que quase tocam o céu, que recortam e cobrem o céu azul, com suas paredes, misto de vidro, concreto e ferro, parecem esmagar as pessoas apressadas.
Procuro o infinito e não encontro, tudo é extremamente finito.
Numa rua longa, meus olhos quase colados pela poeira e suor, descobrem um atalho e enxergam numa fresta de céu, a figura esférica da lua, que surge repousando sobre um prédio, cheia e ainda amarela. Parece guardar um pouco do mel que roubou do sol que ainda há pouco clareava e aquecia o dia.
À medida que caminho, olho fixamente pra lua que vai se escondendo atrás do prédio como que inibida, e olho, e caminho em direção a ela, que se esconde totalmente.
Agora estou no meio da cidade e não existem mais atalhos.
O céu agora só existe sobre minha cabeça.
A cidade ainda é linda e já esfria. A cidade é absolutamente encantadora em sua capacidade de mistura do antigo com o moderno, do asfalto com o morro, na mistura das raças, do executivo com o ambulante, etc. E as mulheres? Ah, as mulheres... ! (isso merecia várias linhas a mais)
E o cafezinho carioca? E o chope?
O dia teimoso cedeu enfim lugar à noite.
Meu corpo, já cansado do calor e do suor do longo dia precisa dormir... Acho que só resisti aos 42º devido à beleza que vi e vivi.
Por Jocemar Barros, 30/05/06
A tarde resiste bravamente e retarda a chegada da noite.
A cidade é um labirinto onde eu ando e sinto em cada rua, em cada esquina que dobro, o calor (também da sua alma, da sua gente).
Caminho por entre as ruas fechadas pelos arranha-céus e preso a essa geometria reta, esbarro nos vértices e arestas que desenham sua assustadora beleza. Verticais edifícios que quase tocam o céu, que recortam e cobrem o céu azul, com suas paredes, misto de vidro, concreto e ferro, parecem esmagar as pessoas apressadas.
Procuro o infinito e não encontro, tudo é extremamente finito.
Numa rua longa, meus olhos quase colados pela poeira e suor, descobrem um atalho e enxergam numa fresta de céu, a figura esférica da lua, que surge repousando sobre um prédio, cheia e ainda amarela. Parece guardar um pouco do mel que roubou do sol que ainda há pouco clareava e aquecia o dia.
À medida que caminho, olho fixamente pra lua que vai se escondendo atrás do prédio como que inibida, e olho, e caminho em direção a ela, que se esconde totalmente.
Agora estou no meio da cidade e não existem mais atalhos.
O céu agora só existe sobre minha cabeça.
A cidade ainda é linda e já esfria. A cidade é absolutamente encantadora em sua capacidade de mistura do antigo com o moderno, do asfalto com o morro, na mistura das raças, do executivo com o ambulante, etc. E as mulheres? Ah, as mulheres... ! (isso merecia várias linhas a mais)
E o cafezinho carioca? E o chope?
O dia teimoso cedeu enfim lugar à noite.
Meu corpo, já cansado do calor e do suor do longo dia precisa dormir... Acho que só resisti aos 42º devido à beleza que vi e vivi.
Por Jocemar Barros, 30/05/06
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