Estou obcecado por KitKat. Até outro dia eu zombava dele e de seus fãs, porque o Bis sempre foi melhor. Mas agora eu sou um traidor de mim mesmo. Já nos ensinou Enrico Bianco: "a única coisa importante no homem é a sua contradição" - conheço gente que, hipócrita mesmo, praticou contradições muito mais graves. Depois de anos e anos, tenho comido KitKat como se fosse um junkie de Copacabana em P & B na calçada da Prado Júnior. Prefiro ok branco, mas o KitKat marrom também é ótimo, geladinho. Enquanto o mund fora é triste e cinza, meu KitKat traz cores de alegria. Enquanto idiotas perseguem o comunismo em 2025, KitKat traz a paz na terra aos junkies de boa vontade. Ah, o KitKat parece o beijo daquela gata cujo nome preservo, beijo de arder e suar feito tesão. E daí que eu não gostasse antes? Eu também odiei o Smashing Pumpkins até me apaixonar. Os gostos mudam. Agora eu dou um porradão em mim mesmo, ora, sorvendo cada pedaço crocante. Só os idiotas não se contradizem, só os idiotas perseguem os que traem a si próprios. Me deixe em paz com meu contraditório, porra: eu não sou perfeito.
@p.r.andel
No comments:
Post a Comment