HOMEM DE NEGÓCIOS
Jorge Ben Jor
1989
Homem de negócios, fique de lado
Eu não sou um robô nem um computador
Nem seu criado, não, não
Tá legal que você é muito esperto
Pois para sustentar o seu status
Pisando e passando por cima das pessoas
Você vai colecionando
Dúvidas, mal-olhados, aborrecimentos
Insônias, dores de cabeça e falsos amigos
Queda de cabelos, dores no peito
E duvidosas amantes
Parece que bebe ou é assim mesmo
Não tem solução, não, não
Por isso, calma e prudência
Quando falar comigo
Não queira me mudar
Pois eu penso, falo, ouço, vejo
Logo eu existo
Eu sei que sou poeta
Artesão do meu trabalho
Por natureza, que beleza
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