nem tanto um talo
nem tanto à flor -
algum vício em
violeta
há de me despertar
quando o pôr
do pôr-do-sol
não significar mais
atrito
barbárie
e rancor:
ah, violeta
que acende retinas
e desperta
corações
doidivanas
a cidade tão deserta
e turva
parece mais
cristalina:
brilha no colosso
da noite,
acende corações
imprecisos
e faz sonhar
com o lado escuro
da lua -
mesmo que o outro
brilhe tanto
e traga carinho
a qualquer
romântico infiel
alguém parece
ofertar jazz
ou ainda
fazer poemas
com o próprio
ar
há poesia em movimento
um trombone
a confortar
sentimentos em
sépia
desnudar nuances
fazer do caos
amenidade -
sim, alguém
parece
ofertar jazz
como se fosse
dádiva e isso significa
total lucidez
Poemas: PRAndel
Imagens: Marcelo Martins
Imagens: Marcelo Martins
3 comments:
Grande Andel!
FERA!
Sempre bom passa por aqui e encontrar poesia, sentimentos em sépia (adorei isso) geometricamente expostos. Obrigada por mais essa. Beijos
Fazia tempo que eu não vinha por aqui mestre. Mas valeu muito essa visita. Poesia maravilhosa. Grande e respeitoso abraço.
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