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Saturday, May 12, 2012

Não ou não

não/ nada do que eu diga/ traduz a arte que respirei/ meio sem pensar ou até querer/ mas nem por isso deixou de me atordoar/ não/ nada do que eu diga/ vai me tirar o calar/ sou minha voz solitária/ perambulando/ por entre as pedras da avenida Chile/ calabouços a maltratam/ e pouco sobra de um instante feliz/ e danem-se os versos que condenam o eu/ explodam-se os poetas que não tratam de si/ eu, mil vezes eu/ não passo de uma voz solitária, perdida, desamparada/ que não busca bravo ou aplauso/ apenas descaso/ que rabisca uma essência de mim.

Paulo-Roberto Andel 12052012

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