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Wednesday, May 30, 2012

Flor, cidade e fúria





nem tanto um talo
nem tanto à flor - 
algum vício em
violeta
há de me despertar
quando o pôr
do pôr-do-sol
não significar mais
atrito
barbárie
e rancor:
ah, violeta
que acende retinas 
e desperta
corações
doidivanas






a cidade tão deserta
e turva
parece mais 
cristalina:
brilha no colosso
da noite,
acende corações
imprecisos
e faz sonhar
com o lado escuro
da lua - 
mesmo que o outro
brilhe tanto
e traga carinho
a qualquer
romântico infiel






alguém parece
ofertar jazz
ou ainda
fazer poemas
com o próprio
ar
há poesia em movimento
um trombone
a confortar
sentimentos em 
sépia
desnudar nuances
fazer do caos
amenidade - 
sim, alguém
parece
ofertar jazz
como se fosse
dádiva e isso significa
total lucidez



Poemas: PRAndel

Imagens: Marcelo Martins

30052012

3 comments:

Roger de Sena said...

Grande Andel!
FERA!

Elika Takimoto said...

Sempre bom passa por aqui e encontrar poesia, sentimentos em sépia (adorei isso) geometricamente expostos. Obrigada por mais essa. Beijos

Unknown said...

Fazia tempo que eu não vinha por aqui mestre. Mas valeu muito essa visita. Poesia maravilhosa. Grande e respeitoso abraço.