Não há muitas palavras a dizer. As imagens ao fim deste texto são as melhores frases do que se quer demonstrar.
Não quero julgar o homem ou a pessoa neste dia. Disso, a história se encarrega. Quem sou eu para julgar alguém? Apenas um humano defeituoso, embora tenha lá meus dois ou três humildes predicados.
Todos nós somos muitas pessoas ao mesmo tempo. Meu mestre Oscar Niemeyer dizia que, se um homem tem 5% de qualidades, já está ótimo. Concordo.
O Edson acertou muitos tiros n'água. Alguns por ingenuidade, outros por bola fora mesmo, da mesma maneira que fizeram muitos de seus detratores. Todos seres humanos e a vida escorre lá fora.
Num mundo com esse, chegar aos 73 anos é uma vitória. E merece os parabéns pelo que fez pelo Brasil dentro dos gramados.
Se falasse aqui de atitude política, Maradona e Sócrates dão de dez. Caszely. Afonsinho.
Em outros temas, outros também.
Mas o caso agora é futebol. E nisso, gostando-se ou não, Pelé foi imbatível e é imortal.
Messi merece todo respeito. Quem sabe Neymar?
Mas não percamos tempo em procurar um melhor do mundo quando se trata de futebol. Ele já parou de jogar há 35 anos. E ninguém lhe fez sombra no campo. Nem fará.
Dentro das quatro linhas, Pelé foi o maior de todos - e bote maior em tempos de craques como Garrincha, Didi e muitos outros.
Uma pequena estatística resume bem o cenário: ao consultar a lista dos maiores artilheiros do Santos F. C., você verá Pepe, com 405 gols, Continho (370), Toninho Gueirreiro (263), Dorval (198), Pagão (159), Tite (151) e Del Vecchio (105). Somados, eles totalizam 1.651 gols. Direta ou indiretamente, Pelé pode ter sido o responsável por cerca de 800 ou 900 passes para tais bolas na rede. Todos os cracaços aqui listados foram seus coadjuvantes de ataque. Não satisfeito, ainda fez 1.091 gols com a camisa da Vila.
Seleção Brasileira, Mundiais Interclubes, Libertadores, uma penca de títulos paulistas e artilharias, muitas artilharias.
Ao lado de Garrincha, jogou 50 partidas pelo escrete canarinho. Jamais foi derrotado.
Você pode até não gostar de Pelé como pessoa, um belo direito, mas não reconhecer sua genialidade como jogador de futebol é de causar risos. Com ele em campo, o futebol foi mais bonito e feliz.
Um futebol que infelizmente já não mais existe.
@pauloandel
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