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Monday, September 18, 2006

Quando menos se espera

Quando menos se espera, surge uma esquina
Uma dobra, um novo caminho para alameda
Mudam as coisas, as pessoas e os arredores
Males que se calam ou felicidades cerradas
Jogos de ação e reação, azar ou toda sorte
Vida e morte, desencanto e prazer, agonia
Serenidade, loucura, paz, insanidade ou fé
Todos os sentimentos, sensações e misturas
Guardados para o próximo passo, adiante
Mais à frente bem no arco do compasso
Quando menos se espera, logo em frente
Tem gente nova no paço, bem na sacada
O boteco da calçada e o novo sanduíche
A banca de jornais e uma velha novidade
O melhor de tudo, meu velho camarada
Vem com a surpresa, imponderável e sã
Indecifrável e pagã, inconscientemente vã
Que há de surgir logo na próxima virada
E nós, breves mortais em cativeiro livre
Não fazemos a menor idéia do que seja
Sabemos apenas que é maioral incerteza
Cujo controle foge de nossas leves mãos
Feito gata escaldada, lisa, escorregadia
Por todo dia a nos trazer o brilho novo
Quando menos se espera, o tempo muda
Voa ligeiro, delicado, busca e traz de volta
O que perdido parecia estar para o infinito
E aparecem os Zés, as Kleins, Alessandras
Elianes, Maranhões, tudo beira do monte
É quando olhamos para trás e refletimos
Para entender a doçura do tão ser acaso

Plácido

Absurdamente simples e real


Paulo Roberto Andel, 18/09/06

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