Nossas cantoras brasileiras tiram onda.
É fato: o Brasil tem uma riqueza musical arrebatadora e reconhecida no mundo inteiro. Vale para cantores, instrumentistas e compositores. Agora, quando as cantoras brasileiras estão em campo, meu amigo, não tem para ninguém.
Caso da semana que passou. Por sorte descobri que a espetacular Virgínia Rodrigues faria uma apresentação na Biblioteca Parque, bem no coração do centro do Rio, gratuitamente. De imediato avisei meu amigo Edgard e partimos para lá, ele com sua esposa e uma amiga.
Muito menos conhecida do que deveria ser no Brasil, Virginia é uma espécie de deusa afro, uma verdadeira entidade que, quando adentra o palco, toma atenção de todas as pessoas, sem piedade. Sua negritude, sua postura de realeza afro e o principal, sua voz incomparável, arrebatam qualquer pessoa. Não é à toa que ela já fez várias turnês internacionais e é reconhecida em todo o planeta.
Dentro das possibilidades, o teatro da Biblioteca Parque ficou lotado. Que show espetacular meus amigos! A percussão, o violoncelo, a voz de Virgínia numa fase esplendorosa, uma coisa maravilhosa e de graça para as pessoas, em horário acessível. Virgínia está lançando um trabalho novo nas plataformas digitais. Eu, que sou adepto do bom e velho CD, tenho todos os discos dessa maravilhosa cantora.
No domingo à tarde, descansando depois da festa do Fluzão campeão, dando uma espiada no festival Rock da Montanha pela TV, me deparo com minha eterna crush e atual ministra Margareth Menezes. Outra deusa afro, né? Aquela mistura de Brasil e África para deixar Peter Gabriel louco, os sopros, a voz e a personalidade única de Margareth compõem um show para levantar as pessoas, tanto que a plateia não parou nem um pouquinho durante sua apresentação.
Margareth é assim desde sempre. Eu me lembro de tê-la visto no Hollywood Rock 1993, abrindo uma noite que tinha os excelentes Eurythmics e ninguém menos do que Mr. Bob Dylan. Desde então, é outra das nossas cantoras com muitas turnês internacionais.
Então fui dar uma espiada no jogo do Botafogo para dar uma força, não adiantou muito mas eles conseguiram o empate, e então volto para o Multishow, onde encontro ninguém menos do que Maria Bethânia cantando para outra multidão no mesmo festival.
É difícil falar de uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos sem ser redundante, mas é que o fato é, perto dos 80 anos, Bethânia é arrebatadora. Seu show continua visceral, teatral, e a sua presença magnética de palco realmente deixa todo mundo enfeitiçado. É um orgulho tê-la como uma das nossas grandes representantes da arte brasileira por tanto tempo, e por fazer um trabalho tão rico.
Nossas cantoras brasileiras muitas vezes foram formadas pelo canto popular, pelo cancioneiro do povo, e seguiram a trilha de outras grandes cantoras que já não estão mais aqui, mas que fizeram longo da história da trajetória brasileira, seja em priscas eras do rádio e mesmo na televisão. Nossas cantoras vêm de uma longa e maravilhosa história.
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