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Monday, February 14, 2022

palcos cariocas

ANDANDO pelo Centro e sonhando com grandes shows que sempre dominaram o pedaço. Eu trabalho na praça Tiradentes e, da janela da minha loja, vejo de frente a beleza perdida do Teatro João Caetano, quando muito funcionando à meia boca. Saindo da portaria, na primeira esquina à esquerda fica o Teatro Carlos Gomes, que desde 2020 só funcionou temporariamente como posto de vacinação na pandemia. E pensar que, em na ambos,assisti João Donato, Altamiro Carrilho, Jarda Macalé, Jorge Mautner, Quarteto do Rio e outros. 

Onde foi parar a maravilhosa Sala Sidney Miller? Lá por 2007, 2008, era parada obrigatória dos fãs da boa música, com shows de alta qualidade, conforto e preços populares. Antes da entrada você podia fazer um lanche esperto no Itahy, delicioso joelho com refresco. Na saída, os CDs dos artistas eram disputados a tapa pelos fãs e colecionadores. O Estado Maior da sofisticação musical brasileira passou pela Sidney, e até mesmo craques da música internacional como o jazzman Gabrielle Mirabassi. 


Duas quadras depois, é de doer a visão da antiga sede da Caixa Econômica fechada. Além da imponência do prédio, o século XXI foi brindado com a Caixa Cultural, que por vários anos foi uma potência de teatro, música, cinema e artes em geral. Hoje, a entrada se resume a tapumes e mais nada. 


Dezenas de metros adiante, ainda existe esperança na volta do Teatro do BNDES, com grandes shows musicais às quartas e quintas, misturando nomes consagrados e alternativos. Espero que o novo Governo reative o palco em 2023.


Isso tudo sem contar a efervescência dos shows nas ruas. Ângela Rô Rô e Totonho já tocaram em pleno Largo da Carioca. Na Praça XV, Boca Livre, Jair Rodrigues e tanta gente boa.


O Boulevard Olímpico teve grandes artistas no palco. Antes de partir, Elza Soares fez uma grande apresentação por lá, Tom Zé também.


Por enquanto o que ainda se vê é tristeza, ruas vazias e palcos fechados. É preciso derrotar o COVID e também os inimigos da arte. Há muito a ser feito.


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