I
oh, bonequinha/ deixa teu sono ir embora/ e espera a noite sem afronta/ onde ela te dará os melhores sonhos/ as canções de amor/ e pequenas maluquices admiráveis/ oh, bonequinha/ veste teu pijama em bom pano/ deita sem caber outro engano/ e adormece em busca do pote de ouro/ num arco-íris em ballet
II
e quando você/ se deitar/ e teus olhinhos de ágata mergulharem no luar/ de um teto sem estrelas mas tão firme/ é que o teu quarto se faz teu guardião/ e a vida lá fora/ tem as estrelas tão ansiadas/ mas fenecidas/ são luzes do longe/ enquanto as luzes novas a brilhar/ vão nascer da formosura/ que mergulhou no mistério/ do teu olhar/ lá fora existe lua, noite e encanto/ mas um guardião te nota/ repousada em mar de beleza/ meus olhinhos de ágata que fazem serenatas de paixão/ enquanto a noite dorme, dorme/ e clama pelo azul de uma nova alvorada
III
e agora/ você vai embora/ enquanto eu conto as horas pra te ver/ chegar/ oxalá o luar seja breve/ e as estrelas sejam feiticeiras de tiro curto/ por que estarei aqui/ quando você voltar/ estarei aqui/ quando o sol brilhar e você chegar
@pauloandel
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