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Monday, November 14, 2011

CASA DE PRATA

1
A morte está nos olhos
fatigados

de quem a descrê

2
Uma superfície

de pétalas
não resiste
à sua inerente
delicadeza;
a rijeza de que
carece é
ao mesmo tempo
sua algoz e oxigênio
essencial


3
tatiana não veio
e nem poderia:
está ocupada
em nascer e morrer
de amor barato
numa casa de prata
em férias tchecas,
enquanto drago
o lodo inerte
do rio
que inundou
minha vida


4
nenhum castigo
me dói mais
do que ser estrangeiro
em meu próprio
bairro,
poeta entre
conversas vazias
e humano
em tempos
modernos
que já aboliram
esse obsoleto
modelo.


5
vitória
riqueza e
auto-ajuda:
retratos
de uma alma
inerte
frente ao espelho
sujo
rachado e
cru.




paulorobertoandel141111

2 comments:

Tatiany Melo said...

Ela não foi, realmente, e teria uma série de desculpas, mas nenhuma mentira... Uma gripe que pegou no caminho, que chegara da rua pouco antes do telefonema e descansaria um pouco antes de encontrar-lhe, que veio ao Rio comprar um tênis, sim é verdade, mas não apenas por consumismo barato. Não apenas isso. Ela veio tentar desculpar-se por se fazer tão ausente, mas, falhou mais uma vez. Fato é que ela não pode fazer-se indiferente perante ao sofrimento alheio.

O que ela quer (muito) é devolver-lhe a esperança e o sonho de ter um elefante, um hipopótamo ou um leão, pois os sonhos dela, talvez esses nunca tenham existido...

Paulo-Roberto Andel said...

Tatiana é uma. Tatiany é outra. Mas o que vale é a intenção.