por vezes
me esqueço
das intempéries -
não as da natureza,
feito a tempestade lá fora,
mas as que falam da dor
do ódio, o rancor
a pobreza d'alma humana
que faz tão mal
a certos corações.
por vezes,
desapareço
de meus próprios dramas -
busco exílio
em meu próprio peito
e navego velhos mares
imaginários
ao olhar para o teto
enquanto o silêncio
se faz de cais
por ora,
caminho em minha própria
e emocionante
perdição
quando me deparo
com as tolices da vida-
o que para muitos,
significa fascinação!
Paulo-Roberto Andel, 16/05/2011
3 comments:
O poema está lindo, mas acabou de abrir o maior sol aqui na minha janela...
Que final de tarde!
PRESSENTIMENTO
ai! ardido peito
quem irá entender o teu segredo?
quem ira pousar em teu destino?
e depois morrer do teu amor?
ai! mas quem virá?
me pergunto a toda hora
e a resposta é o silêncio
que atravessa a madrugada
vem meu novo amor
vou deixar a casa aberta
já escuto os teus passos
procurando meu abrigo
vem, que o sol raiou
os jardins estão florindo
tudo faz pressentimento
que este é o tempo ansiado
de se ter felicidade.
ELTON MEDEIROS
Lindo, poeta maior!!Tarde nublada com pancadas de sentimentos e talento . :)Beijossss
Bravo, mestre. Bravo!
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