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Monday, July 01, 2024

Gerald Thomas, 70

Sou um completo leigo na arte teatral. Um intuitivo, que tenta mergulhar no universo da ribalta. Isso não me impede de celebrar um ídolo que acaba de completar 70 anos: Gerald Thomas.

Eu ainda era garoto quando as peças de Gerald causavam furor no Rio de Janeiro e em todos os lugares do mundo onde eram encenadas - mesmo. Eventos arrebatadores, espetáculos sold-out. Desde fins dos anos 1980, sabíamos de alguma forma que Gerald Thomas era a nossa potência vanguardista do teatro, ao lado de figuras também gigantescas como Zé Celso Martinez Corrêa. 

Qual seria o motivo de tal fascínio? Bom, como autor, diretor e artista gráfico, Gerald atira em todas as direções - inclusive como ator: basta ver as inúmeras vezes que confundiu jornalistas em entrevistas, falando coisas muito sérias que foram tidas como brincadeira, e outras que eram claras brincadeiras, mas tidas como coisa muito séria.

Desde criança, leu tudo, tudo o que podia. Ainda garoto, foi modelo e conheceu o wild side de Copacabana e Nova York.

Eis a ficha de Gerald no Museu da Pessoa: "Gerald Thomas Sievers nasceu em Nova York, em 1957. Filho de pai alemão e mãe galesa, Gerald morou até os 7 anos em sua cidade natal. Migrou com a família para o Rio de Janeiro, onde começou seus estudos de artes com Ivan Serpa e Hélio Oiticica. Aos 13 anos a família voltou a morar nos Estados Unidos, mas por falta de adaptação retorna no ano seguinte ao Rio de Janeiro. Aos 14 Gerald vai morar em Nova York com o artista plástico Hélio Oiticica. Aos 16 muda-se para Londres e casa-se com a bailarina Jill Francis Drower. Em Londres estuda na London Education Authority e começa a trabalhar com teatro. Volta então a morar em Nova York e constrói uma carreira meteórica como diretor teatral. Autor, produtor e diretor de várias peças teatrais, Gerald revolucionou o teatro brasileiro."

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