No mundo do samba, é difícil encontrar alguém que já não tenha ouvido ou visto
o Grupo Cultural Exaltação ao Samba de Enredo, que sempre foi conhecido como Grupo Samba Enredo, seu nome original.
Primeiro, pelo principal:
talento.
Segundo, porque o conjunto já passou por várias quadras das principais Escolas de Samba do Rio em seus dez anos de carreira, além de ter tocado com praticamente todas as Velhas Guardas em suas apresentações.
Segundo, porque o conjunto já passou por várias quadras das principais Escolas de Samba do Rio em seus dez anos de carreira, além de ter tocado com praticamente todas as Velhas Guardas em suas apresentações.
Há anos, o Exaltação toca na
quadra da Mangueira, da Portela, no Bola Preta, no tradicional sábado de samba
do Tijuca Tênis Clube e em seu berço, o bar Armazém da Senado, um dos endereços
mais tradicionais da cidade, com 111 anos de vida. Aqui falo de cadeira porque
vi seus shows em vários desses lugares.
Um dos principais incentivadores
do grupo em sua fundação e trajetória é Rubem Confete, que é uma lenda viva do
samba carioca, além de compositor, jornalista, roteirista, teatrólogo,
radialista, gráfico, cantor, ativista e estudioso das questões afro-brasileiras.
No Tijuca Tênis Clube, o
Exaltação é grupo fixo, levando centenas de pessoas às suas apresentações que
duram horas em sábados alternados.
Alguém me avisa e fico sabendo de
que, no Facebook, foi criada uma página do grupo... “Samba Enredo”, que nada
tem a ver com o original, mas é um projeto que, no mínimo, tenta se aproveitar
do primeiro, usando um nome parecido.
Ao visitá-la, vejo que o show de “lançamento
nacional” do grupo é no dia 21/04... no Tijuca Tênis Clube, o mesmíssimo
endereço onde o Exaltação toca há anos.
É quase o mesmo que, se nos anos
1980, tivesse surgido um grupo de pop rock chamado Legião Suburbana, Parabrisas
de Bonsucesso ou Barão Verde. Tentativas levianas de driblar acusações de
evidente plágio.
No entanto, lançar um grupo quase
homônimo no mesmo lugar onde o original toca há anos é, no mínimo, um exercício
descarado de má fé.
Indignado, publiquei na página o
vídeo de documentário do Exaltação, recebendo uma resposta inacreditável: que
se tratava de uma “nova proposta” (sofisma para disfarçar plágio descarado) e,
logo abaixo, um emoji que não sei dizer se é de raiva ou vergonha.
Mas a minha indignação
naturalmente não foi a única. Afinal, muita gente acompanha o Exaltação há anos
e anos. Repare nas respostas da "nova proposta"...
É justo que um grupo tente buscar
espaço no mercado da música. Agora, é ABOMINÁVEL a desfaçatez de plagiar e se começar
numa carreira usando o trabalho consagrado de outros artistas como “escada”.
No mínimo, cabe um
ajuizamento claro.
É o tipo de coisa que já causa no
mínimo mal estar em qualquer área, imagine na arte.
Espero que os responsáveis pelo plágio, a ponto de tentar ocupar o mesmo espaço físico do grupo original, caiam em si
a tempo de desfazer este ato claramente lesivo à imagem e trabalho do
Exaltação. Contudo, se não o fizerem, já começam dando vários passos para trás, para não dizer um tiro no pé.
Na arte, a traição não perdoa.
Para seguir o VERDADEIRO Grupo Exaltação ao Samba de Enredo, acesse A PÁGINA DO FACEBOOK.
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