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Friday, May 10, 2013

Loco


“Hei loco, loco/ insano ente/ que vasculha amor em vestígios e réstias:/ por que não dormes agora e namora a madrugada/ entorpecido pelo sono bom?

Hei loco, loco/ caçador de nada/ debaixo da gélida noite e da lua que não vai dar cris/ quero saber por onde passa a tua estrada

Atento aos versos enrustidos de Lessa/ Burroughs, Kerouac e Braga/ sempre no fio da navalha/ sempre ameaçando cômicos incêndios imaginários/ tão juvenis/ num caleidoscópio ou em tecnicolor

Águia do Atlântico Sul/ leão que jamais tem manso/ eterno maníaco adolescente/ um Peter Pan rebelde com várias causas/ até quando você vai desperdiçar seu tempo com a Terra do Nunca?

Hei loco, bonito/ põe teu busto/ numa praça de mediocridades/ é lá que residem as ideias mais admiráveis/ Loco, fogueira d’alma/ vida sem razão/ e um coração interminável vociferando paixão pelas cidades”

@pauloandel

1 comment:

Pedro Du Bois said...

Irretocável, caríssimo Andel. Abraços, Pedro.