cai a tarde
nasce a noite
e tudo voa rasante
no meio do
castelo
de caras.
somos
pouco
diante do
que tudo poderia ser, mas
assim mesmo
cremos no milagre
das compras de natal,
nas vitrines ricas
e outras futilidades
que parecem nutrir a alma
mas desaquecem
qualquer coração.
tocam os sinos,
fecham-se as portas
e agora é sexta-feira:
estamos ocupados
em viver até a morte,
no próximo dia útil
para depois ressuscitarmos
em novos corredores
de
consumo.
Paulo-Roberto Andel 02122011
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