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Wednesday, October 07, 2009

TÃO/ TÃO OUTRO

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TÃO
























TÃO OUTRO

eu nunca fui tão outro/ para que deixasse de me ver no que faço ou penso/ eu nunca fui tão outro/ para trair as verdades que cortejo/ eu nunca fui tão outro/ para exercer seduções mentirosas, cobiça vazia ou desencanto atroz/ eu nunca fui tão nunca quando quase fui tão outro/ e, assim, estou debruçado em meu exagero do mesmo/ entre percalços e enganos/ prestes a mergulhar no infinito mar de fé/ no que ainda existe de compaixão e sinceridade/ no que ainda resiste da fidalguia e da solidariedade/ há um mundo somente/ e vejo a gente descrente/ tão solitária nas multidões/ tão rasa perante a profundidade da vida/ eu nunca fui tão outro/ para rasgar o que um dia escrevi/ e malversar outros corações/ eu nunca fui tão outro/ para desperceber o hoje, o novo, o agora/ eu nunca fui tão outro/ para estar por ora tão longe/ do que pensei na mocidade/ e que, hoje, faz papel de velha senhora


Paulo-Roberto Andel, 07/10/2009

2 comments:

Lau Milesi said...

Muuuuito bem, Poeta !!!!

Tão/ tão contundente seu poema.

D+.

Um beijo

Ianê Mello said...

Agradeço sua visita e fico feliz que me acompanhe pelos labirintos de minh'alma.

Fique à vontade para expressar suas opiniões e sentimentos.


Gostei muito de seus poemas.

Estou por aqui também, te acompanhando.

Um abraço.