I
resto-me
diante do improvável
a incerteza
que se faz tão clara
um retrocesso
exceto pelo sol de fora
tão faroleiro
nave-guia flamejante no vento
o recesso
e um momento
nas horas rudes
onde não caibo
e me afasto
o longe me corteja
por um retrato
o fim já não excita
a mansidão não é pecado
agora sou muito longe
feito o cais que aprecia
a minha vinda –
nenhum murmúrio
ou alarido
apenas o fato
II
nada debaixo do céu
resiste ao pranto
nada debaixo da terra
reveste o conforto
nada no horizonte
é verdadeiro porto,
portanto
paulo-roberto andel 10 07 2009
4 comments:
cada ponto.
dá pra ver o quanto tuas palavras
tem o ponto certo
que cara mais esperto
e que bom te-lo por perto!!!
grande AmiGo,
mesmo que de longe...
mas não tão longe assim.
Forte Abraço!
portanto, caro Andel, mais uma vez - e como sempre - seu texto se supera em imagens e andamentos. abraços, Pedro.
Paulo!
"Nada debaixo do céu
resiste ao pranto
nada debaixo da terra
reveste o conforto
nada no horizonte
é verdadeiro porto,
portanto"
meu esse poema ficou dez, mas essa parte ficou incrívelo!
Parabéns pooeta aquele abraço!
Paulinho, dessa vez você passou dos limites. rs
Um espetáculo!!!
Um beijo, meu "futuro sócio".rs
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