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Friday, September 07, 2007

IMPRESSÕES - 07/09/2007

Bichos escrotos
As coisas não mudam. O brasileiro deixa a jangada navegar ao sabor da brisa.
Vejamos o caso de mais tragédias envolvendo cães da raça pitbull - inclusive, a dita serviu de inspiração de apelido aos jovens da noite carioca que vivem para a violência estúpida e gratuita, travestidos de praticantes de artes marciais - os pitboys. Quanto mais crianças, adultos e idosos dilacerados pelas cidades brasileiras, mais cães proliferam.
Quem já teve a oportunidade de ver um pit na tevê em ação de mordedura, sabe bem o que quero dizer. Parece uma boca de jacaré - e a diferença é que não vemos jacarés com facilidade, soltos, nas ruas metropolitanas, acompanhados pela candura de seus donos que chamam-nos de bonzinhos.
Até quando será preciso haver a mutilação gratuita de pessoas para que se pense a respeito do controle destes cães?
Focinheira é tão inócuo quanto dizer aos populares para que se abaixem em caso de passar por um tiroteio.
Nada contra a raça canina em especial, apenas o fato de que não me sinto confortável em andar perto deles soltos nas ruas, como também não me sentiria se leões e tigres tivessem o mesmo, digamos, "direito".
Um pitbull não é capaz de fazer coisas feito os semelhantes mordedores do parágrafo acima? Justo e razoável. Porém, isso não é motivo para que se dê a mão a eles, tal como se fazia no tempo dos populares cães pequineses e, ainda hoje, com o sensacional basset, o popular "salsicha".
O pitbull é um cão perigoso, já proibido em vários países e deveria haver uma reflexão mais profunda a respeito. Não colam as balelas de seus admiradores, defensores de que a agressividade do bicho é "reflexo do dono".
Para mim, hoje, quem tem esse cão e anda com ele nas ruas sem focinheira está mal-intencionado.
De toda forma, o pitbull é um cão que, necessariamente, precisa de um dono relapso para agredir e matar pessoas, como acontece noite e dia no Brazyl.
Talvez seja melhor a focinheira no dono.
Bichos escrotos, voltem para os esgotos.
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O dito promotor Tales Ferri Schoedl, assassino confesso de um jovem há três anos atrás, continua livre, não julgado, não preso e ainda com a possibilidade de vir a ser mantido como procurador de justiça pelo restante de sua vida. Atrelado a tudo, um garboso salário de dez mil reais.
É para deixar qualquer ladrão de galinhas com as orelhas em pé.
Tales tem o perfil típico de quem não vai para a cadeia: branco, rico, bem-nascido e, como os jornais hipocritamente disfarçam em seus classificados, de "boa aparência". Além de tudo, tem prestígio no poder público: foi reprovado em etapa pré-admissional para o cargo por questões psicológicas mas, ele, o jeitinho, resolveu tudo.
A violência no Brazyl é tema de susto para qualquer pessoa de bem. Dissestar a respeito passa sempre pelos caminhos da droga, da banalização das armas e do crime, da estupidificação dos tempos. Contudo, é um disparate imaginar que, por mais que os códigos formais venham a permitir, um procurador de justiça do Estado possa permanecer impune após ter cometido um ASSASSINATO por motivo mais do que vil.
Ainda temos jeito. Mas ele só começará quando, antes de prendermos todos os "negros" banguelas, os "analfabetos", os "rústicos", os "paraíbas" (classe preferida dos Cansados) e deixarmos que apodreçam à espera da morte, sem assistência do Estado, começarmos a punir exemplarmente a "turma de cima" - os que tiveram tudo para não pertencerem à face marginal do Estado, mas por ela optaram.
É indigno que o povo paulista pague com o sacrifício de seus impostos o salário imenso de Tales.
É indigno que um sujeito como Tales permaneça livre.
É a imundície do Brazyl.
Assassinar um jovem à queima-roupa por idiotice é coisa de bicho. Não o de zoológico, mas outro. O bicho escroto, bicho-semi-homem.
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Caso Renan Calheiros, o senador, perca seu mandato face em vista as inúmeras, digamos, "irregularidades" que cometeu do ponto de vista do decoro parlamentar, é possível imaginar que o ex-presidente Collor pensará a respeito?
Renan largou Collor em 1992, depois de ter sido um de seus fiéis escudeiros, ao perceber que a sorte do persidente-atleta já estava selada.
Quinze anos passam rápido. Vida e vingança, pratos gelados.
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"Cansei", o movimento dos cansados que lutam pelo resgate do Brazyl verdadeiro, puro d'alma, livre e feliz, que existiu entre 1500 e 2002, não se pronunciou contra Tales, os pitbulls, os pitboys. E, é CLARO, nem contra Renan Calheiros.
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Sete de setembro, dia da independência. Que independência?
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