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Tuesday, January 23, 2007

Noturna inverdade

a lua minguante, dissonante
parece indecisa no canto de céu
a madrugada, precoce, mente
alheia aos meus sonhos em vão
não se trata de uma calada noite
e sim repleta de sons moderados
contudo, emoldurados por silêncios
feitos de espaços no bater das asas
ou num mergulho rasante n'água
ao longe, certa estrela brilha intensa
vejo meus pés no chão, tristeza, nu
mãos vazias, coração quente, vago
falta-me uma canção de acalanto
e breve amparo contra eterna dor



Paulo Roberto Andel, 21/01/2007

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