tivemos uma noite de paz. uma única. comemos churrasco e falamos de futebol enquanto os jovens cantavam rock n'roll - eu pensei em "moonlight paranoia". as crianças correndo e rindo felizes, os adultos tão elegantes em sua simplicidade e simpatia. a poesia dos jovens me levou aos velhos tempos de faculdade, quando toda sexta feira era noite de drinques e risos. fomos ao bar do Canuto, no Rocha, que eu não visitava desde o tempo em que Ana Paula gostava de mim. nem tudo foi bom porque minha deusa negra chorava ao longe, logo ela, tão querida, mas compreendo - não se pode vencer todas. era o aniversário do Edgard, nosso querido amigo. foram o Fábio e o Robertinho. foram horas de paz, onde pudemos viver a deliciosa ilusão de um mundo simples e calmo. deixei de lado todos os dissabores, eles ficam para segunda-feira. meu coração está batendo melhor, acho. fomos tão felizes juntos que até rimos quando as contas do Fluminense, feitas com matemática lisérgica, chegaram no WhatsApp. o Rocha é perto da UERJ e isso traz coisas boas, bons presságios. fomos felizes com coisas simples, sem desprezar ninguém e isso é bom demais. tiramos fotos abraçados porque é importante - nunca sabemos quando será a última. a noite não acabou: comi bolo delicioso, pensei no amor, lembrei dos poucos mas valiosos amigos e não senti a menor falta de gente falsa, mesquinha. ainda são cinco da manhã e preciso dormir um pouco. ainda não sei o que será do sábado, mas depois de me sentir com 27 anos aos 57 de idade, estou pronto demais para este dia de folga.
@p.r.andel
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