ah, se você
soubesse
quando meu amor te fita
nenhum teto nos bastaria
depois do céu e das
estrelas a servir de pérolas
do colar que te ofereci
ah, deusa da ribalta às
esmeraldas, musa à dança
em cem passos fugazes
colombina de mil
fantasias, pétala desfolhada
ao redor do meu
coração – a tua cor
de sangue nobre
e vivo sem vermelho
é o meu grito na multidão –
dois, somos muitos – eu e você
a terra lá fora
duas mil léguas submarinas
e toda a via láctea, densa
carinhosa
ah, se você soubesse
da minha prosa
veria que nada é bastante
quando te cogito ao amor -
a tua pele é a minha pele
num suor somente – em ti
navego até gritarmos
incontidos com razão:
houve um dever cumprido
ah, imensidão
quando você se faz
longe de mim
todo abstrato é lamento:
nem linhas retas ou
tortas -
é que não sei desenhar
a
saudade
Poema escrito durante a audição de “The Bends”, Radiohead, 1995, EMI-Parlophone, 04/01/2013
nenhum teto nos bastaria
depois do céu e das
estrelas a servir de pérolas
do colar que te ofereci
ah, deusa da ribalta às
esmeraldas, musa à dança
em cem passos fugazes
colombina de mil
fantasias, pétala desfolhada
ao redor do meu
coração – a tua cor
de sangue nobre
e vivo sem vermelho
é o meu grito na multidão –
dois, somos muitos – eu e você
a terra lá fora
duas mil léguas submarinas
e toda a via láctea, densa
carinhosa
ah, se você soubesse
da minha prosa
veria que nada é bastante
quando te cogito ao amor -
a tua pele é a minha pele
num suor somente – em ti
navego até gritarmos
incontidos com razão:
houve um dever cumprido
ah, imensidão
quando você se faz
longe de mim
todo abstrato é lamento:
nem linhas retas ou
tortas -
é que não sei desenhar
a
saudade
Poema escrito durante a audição de “The Bends”, Radiohead, 1995, EMI-Parlophone, 04/01/2013
@pauloandel
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