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Friday, May 25, 2007

O dezenove

eu, pequeno e frágil de vida
tomava os bondes apinhados
e, repentinamente, encantava-me
pelo ponto chic, pela estação da luz
e a famosa avenida de são joão
foram idas e vindas curtas,
rápidas como nossa vida exige
todas desembocavam idênticas
na mesma noite, no mesmo mar
na mesma vista do palácio
eu, pequerrucho de vida
desfraldava meu coração à toa
mas fazia escoar toda dor e miséria
quando era um dezenove qualquer
onde parecia desesperança,
cerrava meus olhos de jabuticaba
ao abrir, copacabana era meu afago
eu era um dezenove qualquer
e o mundo sorria, quase falso
era um mar que só chacoalhava
terra firme, só copacabana

06/05/2007

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