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Friday, May 25, 2007

Luciene

veio-me certa canção de trás dos montes
ela me falava de um bem que se quis
foi doce a voz que me serviu de trilha
enquanto via, saudoso, na lembrança,
a imagem da moça no teto fosco de gelo
via seus cachos, nos arredores, fartos
tangenciando o vigor dos olhos claros
e toda a formosura do nariz itálico
via o alvo e belo corpo de maios atrás
enquanto as frass da canção corriam
misturando-se a outra delicada voz
de tom suave e inabalável leveza
mais que isso, eram meus os céus
em toda rua de são francisco xavier
a turma do metropolitano no lanche
pelas vielas da dias da cruz, santa
quando a canção tomou encerramento
temi pelo desaparecimento da moça
mas era engano, era mais que bela vista
era bela como sempre, européia
não sei onde mora, com quem anda, solta
ando meio desligado

06/05/2007

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