o me dói é ver em ti
o que não sonhei nem respiro
grande cão, guardião
das cancelas imperfeitas
órfão da tempestade insana
que se faz tão covardia
meu irmão, um santo herói
perdido em tabernas vulgares
estristecido e sofrido, enquanto
morro treze vezes em vão
há uma procissão nas ruas
e nossa fé remove montanhas
se o destino é a tal derrota
que a vivamos com poesia
o que me dói é o amor inerte
despedaçado em inutilidades
os desencontros são silêncio
e a mocidade é o tempo morto
oh, guardião!
meu grande cão de guarda!
se existe algum futuro
empenhemos nossas almas
@pauloandel
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