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Wednesday, November 30, 2016

o vago, o vazio

no fim há um vazio
um vago
repleto de silêncios barulhentos
perturbadores

um vazio, uma dor
a melancolia
e olhar em busca do que desaconteceu

procurar o que já não há

um vazio, um silêncio
um minuto de réquiem

um sentimento de "e se?"

não, não há. não há.

existe a solidão no meio da multidão
e o contrário ao se ver tão só

mas o vazio é o punhal cravado na alma

o vazio

o vazio

vazio

no fim há um vazio
um vago

não resta o ódio, nem a paixão
nenhum conforto, nada

os melhores versos, as mais belas palavras
não dizem absolutamente nada

enquanto se caminha pela trilha
na mata ilógica chamada vida

@pauloandel

1 comment:

Pedro Du Bois said...

Meu bom Andel, está mais do que na hora de publicar - em papel - seus poemas. Excelentes textos que precisam vivenciar livros e livrarias e leitores. Abração.