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Friday, September 10, 2010

NOTURNO

quando anoiteço
não me
mas ti go
nem
des aconteço;
o negrume da noite
alimenta os sonhos
os sexos
a fantasia
e nenhum açoite:
eu passo ao largo
um estranho viajante
que sorri
sem celebrar
a boa madrugada
porque prefere recitar
bom-dia!
nem que seja
por um instante
alguém discursa ao telefone
alguém cobiça o sono
dos justos:
meu bate-ponto
é na cabeça
na calçada de idéias
no ir e vir da palavra viva
e tudo me soa
sem qualquer susto
sem juros –
o que não quer
dizer
alforria


Paulo-Roberto Andel, 10/09/2010

3 comments:

Lau Milesi said...

Amigo querido, você é "o "poeta diuturno". Linda, sua prosa "Noturno" ! Parabéns!!!
Beijos tricolores.

Pedro Du Bois said...

Caro Andel, mesmo que não seja, seu texto soa como alforria: das boas letras. Abraços, Pedro.

Anonymous said...

:-)

Kiss!!