tenho em vista a alegria dum menino feliz a passar
pelas casinhas coloridas do Parque do Flamengo
num sábado quase nublado de meia estação leve
ele tem à mão direita um balão azul cheio de gás
noutra, cabe-lhe um simpático biscoito de polvilho
é um branquinho, e protege a cacholinha clara
com seu chapéu simpático, emblemado de peixe
ao longe, sua mãe o admira, é moça muito bonita
ela esconde-se em grandes óculos e um lenço verde
tem semblante moderno, tudo enquanto tanto sorri
faz gracejo da corrida estabanada do menino, solto
com seus pequenos passos da infinita infância
e eu, somente e miseravelmente eu
que vejo de nem tão longe, repenso, reflito
a cena simples mas eterna do amor de mãe e filho
é o que dizem do mais puro e brilhante diamente
amor
apenas amor
que por si somente é duradouro pelas eternidades
Paulo Roberto Andel, 19/01/2007
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