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Saturday, August 29, 2015
the one i love
1
quando amor for teatro
dai-me ribalta
quando o gozo for erva
serei um chá
para as trevas, beleza
canto de paz
todo o ouro, nascença
transoxalá
outro céu que nos cobre
teu desbravar
outros livros e letras
verso lunar
2
outro quando
nenhum jamais
outro novo quanto
adeus gerais
3
nosso mundo
secreto tão
vazio que até parece
pátria
até parece
pátria
nosso lema discreto
nenhum sinal
de calma
4
meu amor dorme
tão longe
que solicita
um passaporte
para a alma
5
um dia tão bonito
que não cabe em êxtase
um dia de graças
desejo, saudade devassa
sem felicidade
6
dá-me tua luxúria
por trocados de amor:
versos, letras
passeatas
o cântico do corpo
é a massagem d'alma
@pauloandel
Sunday, August 23, 2015
debaixo do sol de agosto
debaixo do sol de agosto
num domingo bel celeste
e o meu coração sangra:
canções para aprender e ensinar
despedidas inesperadas
canções de silêncio e melancolia
versos tortos e cabisbaixos -
meu deus! o nada venceu!
somos um belo domingo perdido
e o que passou já não retorna -
onde estão meus abraços amigos?
a tijuca de céu infinito sangra
os jovens corações leoninos sangram
e a vida escorre rumo à primavera
meu deus! a poesia perdeu!
viva os bacharéis da ignorância
tão perfeitos e autossuficientes!
o céu desaba, o azul que foge
a noite que avança, o monodrama
nossos corações imperfeitos
caçando amores, amores, colos
os sinos dobram em manso vão.
@pauloandel
Tuesday, August 18, 2015
o grande amor imperfeito
ora, o amor
incessante e reluzente amor
que está por todos os lugares
incessante e reluzente amor
que está por todos os lugares
não apenas os bonitinhos
o amor também grita
e sofre e chora:
tem cicatrizes, lágrimas e varizes
ah, o amor de urrar
que fode e fode muito
e persegue loucuras vis
e sofre e chora:
tem cicatrizes, lágrimas e varizes
ah, o amor de urrar
que fode e fode muito
e persegue loucuras vis
amor na derrota, na aflição, no féretro
amor na ausência, no vazio, no etéreo
amor estrangeiro, à distância
aquele que jamais se correspondeu
amor na ausência, no vazio, no etéreo
amor estrangeiro, à distância
aquele que jamais se correspondeu
vamos celebrar um minuto de todo amor
o mendigo
o devasso
o destruído
o desmontado
fiquemos bêbados de amor
deixemos nossos corações loucos
e dormentes
pensar nos outros amores
enquanto se trai o amante
e se é verdadeiro consigo mesmo
o devasso
o destruído
o desmontado
fiquemos bêbados de amor
deixemos nossos corações loucos
e dormentes
pensar nos outros amores
enquanto se trai o amante
e se é verdadeiro consigo mesmo
debaixo da marquise também tem amor
ao lado da cadeia também tem amor
entre ratos e esgotos há um punhal de amor
celebremos a vida e o momento
cada acontecimento
o amor inspira, expira e nos consome
justamente por ser
imperfeito
ao lado da cadeia também tem amor
entre ratos e esgotos há um punhal de amor
celebremos a vida e o momento
cada acontecimento
o amor inspira, expira e nos consome
justamente por ser
imperfeito
@pauloandel
pensando
o que você está esperando
para o teu fim do mundo desaguar
no meu amor?
o que está sonhando?
cobiçando?
fazer agora da minha pele a tua
do sentimento
uma pátria arguta
o que você está esperando
para sermos mar e praia?
luar e romance
a imensidão num instante
calor e desejo aceso
o que você está pensando
que a tua ideia
não sai de mim
nem por decreto?
o que você está pensando?
pensando
pensando
há terra à vista, ventre livre
gente liberta e outro fim do mundo:
a interminável paixão
@pauloandel
para o teu fim do mundo desaguar
no meu amor?
o que está sonhando?
cobiçando?
fazer agora da minha pele a tua
do sentimento
uma pátria arguta
o que você está esperando
para sermos mar e praia?
luar e romance
a imensidão num instante
calor e desejo aceso
o que você está pensando
que a tua ideia
não sai de mim
nem por decreto?
o que você está pensando?
pensando
pensando
há terra à vista, ventre livre
gente liberta e outro fim do mundo:
a interminável paixão
@pauloandel
Thursday, August 13, 2015
Sunday, August 09, 2015
agosto em copacabana
o céu de copacabana brilhando
num domingo à noite de agosto
e um velho homem solitário
com seu olhar fixo e perdido
procurando pelas lindas estrelas
mortas, mortas, mortas:
peregrino das memórias e saudades
paladino da solidão interminável
ele procura os pais, os amigos
os vizinhos e colegas de escola
os camelôs e os mendigos
espia as constelações e o horizonte
até entender que nada restou
além do amor
o amor que incendeia lembranças
lágrimas, fome e desesperanças
o amor feito esmola
enquanto amanhã será menos um dia
um dia de trabalho e compromisso
um dia de estrangeiro na terra
os corações solitários são irmãos
siameses em pensamento
e veem o dorso do leme em aconchego
o céu de copacabana nublado
espuma de sangue no mar
alguma coisa desacontece
na minha vã ilusão espartana
copacabana é peito, ventre e afago
os mortos bailam
felizes naquele horizonte
que ninguém enxergou
@pauloandel
num domingo à noite de agosto
e um velho homem solitário
com seu olhar fixo e perdido
procurando pelas lindas estrelas
mortas, mortas, mortas:
peregrino das memórias e saudades
paladino da solidão interminável
ele procura os pais, os amigos
os vizinhos e colegas de escola
os camelôs e os mendigos
espia as constelações e o horizonte
até entender que nada restou
além do amor
o amor que incendeia lembranças
lágrimas, fome e desesperanças
o amor feito esmola
enquanto amanhã será menos um dia
um dia de trabalho e compromisso
um dia de estrangeiro na terra
os corações solitários são irmãos
siameses em pensamento
e veem o dorso do leme em aconchego
o céu de copacabana nublado
espuma de sangue no mar
alguma coisa desacontece
na minha vã ilusão espartana
copacabana é peito, ventre e afago
os mortos bailam
felizes naquele horizonte
que ninguém enxergou
@pauloandel
Friday, August 07, 2015
mil beijos
eu não eu
sem você nem eu
mil vezes não
meu amor no teu amor
anseio por anseio
tesão suando tesão
eu e você, nós e vós
carne contra carne
beijos de fazer tremer
meu deus você também
eu sem te ter inconvém
sem você nem eu
mil vezes não
meu amor no teu amor
anseio por anseio
tesão suando tesão
eu e você, nós e vós
carne contra carne
beijos de fazer tremer
meu deus você também
eu sem te ter inconvém
kama sutra céu e chuva
eu por você e mesmo eu
sol e chuva, tempestade
tempos modernos
antiguidades
e cada beijo quente, amém
onde quer que esteja
meu peito é ventre
e te carrega tão bem
eu por você e mesmo eu
sol e chuva, tempestade
tempos modernos
antiguidades
e cada beijo quente, amém
onde quer que esteja
meu peito é ventre
e te carrega tão bem
@pauloandel
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