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Thursday, April 30, 2009
ESTRICNINA
ligeira, a moça
com seus firmes passos
de juventude à lida
atravessa o boulevard
enquanto
olhares de lascívia
e doçura
escorrem
pelas pedras portuguesas
alguns denotam-lhe
tesão, prazer, perdão,
mas nenhum tem rima -
tão-somente um clima
outros, rejeitados,
sorvem o gosto amargo
da vã desilusão -
é a contramão,
fel à vista,
estricnina
Paulo-Roberto Andel, 30/04/2009
Wednesday, April 29, 2009
Fronteiras
entre a pétala
e o talo,
entre a força
e o fardo,
entre o incêndio
e o rescaldo;
entre o alvo de cortiça
e a agulha do dardo;
entre a secante
e a tangente;
entre a lâmina
e o corte rente;
entre o horizonte
e o zênite;
entre o planeta
e o satélite;
entre o choro
e o desabafo;
entre as frases
e um hiato;
entre o leme
e o pontal;
entre a
última palavra
e o ponto
final.
http://radinho.ning.com/profiles/blogs/otraspalabras-1
Paulo-Roberto Andel, 29/04/2009
e o talo,
entre a força
e o fardo,
entre o incêndio
e o rescaldo;
entre o alvo de cortiça
e a agulha do dardo;
entre a secante
e a tangente;
entre a lâmina
e o corte rente;
entre o horizonte
e o zênite;
entre o planeta
e o satélite;
entre o choro
e o desabafo;
entre as frases
e um hiato;
entre o leme
e o pontal;
entre a
última palavra
e o ponto
final.
http://radinho.ning.com/profiles/blogs/otraspalabras-1
Paulo-Roberto Andel, 29/04/2009
Monday, April 27, 2009
Otrospetiscos
CANTO
canto
porque
meu tanto
é pouco,
o quinhão
que tomo
é
pouco
e a nostalgia
não me
apraz
canto
pelo
sopro,
tênue vento
sem maior
intento
na vida
que não
me
condiz
canto
como verso,
que se
desvela
onde há
segredo,
se desnuda
em meio
ao
pensamento
e não
vulgariza
o amor
que doa
paz
MUDEZ
silêncio,
silêncio:
vocação
lúgubre
da paz
NOT SO LONG
not so long
like a shame
burning
into a wild
heart
down by law
like a trust
shining
on a twisted
mind
not back home,
nor back on top -
just in a breathe,
a squeeze:
handsome love
Paulo-Roberto Andel, 27/04/2009
canto
porque
meu tanto
é pouco,
o quinhão
que tomo
é
pouco
e a nostalgia
não me
apraz
canto
pelo
sopro,
tênue vento
sem maior
intento
na vida
que não
me
condiz
canto
como verso,
que se
desvela
onde há
segredo,
se desnuda
em meio
ao
pensamento
e não
vulgariza
o amor
que doa
paz
MUDEZ
silêncio,
silêncio:
vocação
lúgubre
da paz
NOT SO LONG
not so long
like a shame
burning
into a wild
heart
down by law
like a trust
shining
on a twisted
mind
not back home,
nor back on top -
just in a breathe,
a squeeze:
handsome love
Paulo-Roberto Andel, 27/04/2009
Monday, April 13, 2009
Permita
que
não me permita
confundir
serenidade
com frieza,
mocidade
com beleza,
felicidade
com riqueza
que
não me permita
proclamar
não me permita
proclamar
independência
em covardia,
misturar
indecência
misturar
indecência
na hipocrisia,
deixar rancor
sem fidalguia
que
não me permita
o óbvio, o flácido,
o histérico
e o desamparado,
o colérico
num amontoado,
um retrocesso
a morar do lado
que
não se habilite
que
não se habilite
a insensatez;
só a honestidade
pode me servir
por vez -
a estrela-guia,
pode me servir
por vez -
a estrela-guia,
um azimute
que se inicia
que todo mal
não me permita;
apenas permute
a luz pela luz -
a luz da vida,
todavia
que se inicia
que todo mal
não me permita;
apenas permute
a luz pela luz -
a luz da vida,
todavia
Paulo-Roberto Andel, 13/04/2009
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