Quando estou cantando
Dispenso aplausos e bravos
Importam-me somente teus ouvidos
Teu coração e sabor
Toda cor é brilhante
Quando embrulha teu charme, rouge
Até o cinza se agiganta
Ver-te na foto é poema
Teu sorriso, alvo certo
Ipanema
Meu corpo voa cidade
Escreve sambas, trovas
Roça, morde, move-se
Desimporta-se
Não és minha metade
Inteira ainda te quero
Morres a cada dia
Perdida nas flores
De minha delícia, prazer
Luxúria e candura
Assim mesmo
Tudo misturado
Avesso reverso
Submersa paixão
Todo meu sonho mora em ti
Todo meu gozo, dedico-te
Dia todo dia
Amore mio
De tantas épocas
Santa profana
Da minha rasa fé
Há de haver outro canto
E novo bravo aplauso
Quando eles nascerem
Seremos vida na selva
Relva a rolar, perdidos na selva
Entre tremor e torpor
Restará apenas
Nosso estranho amor
Bravo
Bravo
Bravo aplauso
Desejo ocluso
Mais que familiar
Multidões e Brasis
Por um triz, teu nome rima
Cativa-me, torna-me rocha
Enquanto o céu não vem
Moras em cada rosto
Que me acaricia
Podem ser muitos
São poucos perto de um
Perto do fogo que me toma
E basta
Paulo Roberto Andel, 13/10/2006
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