precisa-se de cães de aluguel
fortes, densos, mortíferos e vis
ideais para uma sociedade de fé
- não precisamos de leis - a lei é o caralho - leve o coitadinho para você
- isso tem mais que morrer
precisa-se de cães de aluguel
fiéis às desumanidades, sempre alertas para morder, ceifar, matar
o que fazer com nossa hipocrisia?
eis ipanema que precisa brilhar à noite e as manchetes do flamengo precisam ser reluzentes
foda-se a lei quando o dinheiro é poder - deixem-nos usar nossos smartphones em pax - glória a deus nas alturas - cada um por si e que o outro si foda-se
- não fui eu quem fez o mundo assim
vamos prender nossos escravos nus - tragam o açoite - enfiem no rabo
- eles têm que morrer sofrendo, há justiça
nossos cachorros mais agressivos
casa, comida e ódio nos peitos fortes
cores de mussolini, cenas de médici, risos debochados
tortura, pau-de-arara, choques elétricos, estupro e agonia
que tal aplaudir uma piranha fascista vociferando na televisão?
o crime virou apenas exercício da liberdade de expressão
o aparelho mora numa calçada
o inimigo é negro e pobre, analfabeto
os punhos cerrados são ordem e progresso, tradição, família e propriedade
os foguetes têm religião e explodem sem dó a cabeça de inocentes
crianças das marquises já nasceram delinquentes
e a estupidez à vista é a revista do egoísmo ao caos
os comunistas são os imbecis
espertos liberais com sorrisos de luar, pasta de dólares, sonegação
e todo são domingo deus irá nos perdoar
a ironia do destino dá-nos nojo de dois ratos enquanto matamos por prazer, superioridade e empáfia num mundo com leis - só para os miseráveis
@pauloandel
só
morto - jards macalé
Nessa manhã de louco/ O olho
do morto/ Reflete o fogo/ Nessa manhã de louco/ Todo mistério é pouco/ Pedras
rolam pro mar/ Nessa manhã de louco/ Todo mistério é pouco/ Nessa manhã de
louco/ Todo mistério é pouco/ Espuma de sangue a brilhar/ Nessa manhã de louco/
Todo mistério é pouco
Esse sol tão forte/ É um sol
de morte/ Esse sol tão forte/ De mil mortes/ Esse sol/ Há quanto tempo/ Eu não
via/ Um dia.../ Um dia.../ Tão
bonito, tão.../ Tão maldito, tão.../ Um dia.../ Um dia.../ Oh, see the city
lights/ I never seen you so bright/ Let this burning/ Let this burning/ Burning
night
burguesia - cazuza
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
A burguesia não tem charme nem é discreta com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras
Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal
A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranqüilos
E dormem tranqüilos
Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
A burguesia não repara na dor da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua Vamos pra rua Vamos pra rua Vamos pra rua Pra rua, pra rua
Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista - estou do lado do povo, do povo
A burguesia fede - fede, fede, fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país e não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem e se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro No sinal, no sinal No sinal, no sinal
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
A burguesia não tem charme nem é discreta com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras
Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal
A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranqüilos
E dormem tranqüilos
Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
A burguesia não repara na dor da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua Vamos pra rua Vamos pra rua Vamos pra rua Pra rua, pra rua
Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista - estou do lado do povo, do povo
A burguesia fede - fede, fede, fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país e não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem e se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro No sinal, no sinal No sinal, no sinal
Enquanto houver burguesia não vai haver poesia
1 comment:
Caro Andel, pertinentes textos sobre nosso Brasil (brasil?). Somos os mesmos, como nossos pais, já disse o Belchior. O que as pessoas não entendem - nem querem entender - é que o sistema é esse, abominável. O restante - como bem você, Jards e Cazuza disseram - é mera perfumaria (pra esconder o fedor dos de sempre).
Abraços,
Pedro.
Post a Comment