noite de azul profundo, madrugada minha
flanando aos poucos numa alameda solitária
com garbo de valente voluntário da pátria
soldadinho de chumbo da minha infância
parei a passada, dediquei olhar ao vasto céu
e namorei a lua, tão solitária lua
formosa e cheia, voluptuosa
fazia da névoa seu baby doll rosado
era fugitiva, sem um motivo certo
solitária, sem estrelas a cortejá-la
trouxe-me um inexplicável sorriso
cativante, indestrutível
que há muito eu não via, desde o longe
mas que sempre morou dentro de mim
Paulo Roberto Andel, 05/12/2006
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