Tuesday, December 05, 2006

Serenata de amor

noite de azul profundo, madrugada minha
flanando aos poucos numa alameda solitária
com garbo de valente voluntário da pátria
soldadinho de chumbo da minha infância
parei a passada, dediquei olhar ao vasto céu
e namorei a lua, tão solitária lua
formosa e cheia, voluptuosa
fazia da névoa seu baby doll rosado
era fugitiva, sem um motivo certo
solitária, sem estrelas a cortejá-la
trouxe-me um inexplicável sorriso
cativante, indestrutível
que há muito eu não via, desde o longe
mas que sempre morou dentro de mim


Paulo Roberto Andel, 05/12/2006

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