esta selva de pedra com grandes edifícios e pequenos personagens
os vis, os vilões, os pequenos burgueses, a escrotidão
as pequenas maldições que me cercam
a conta maldita, a sorte, a fome
a estupidez maldita
as lindas putas maldições
meu coração padecendo
e os torcedores deveras ocupados:
esta é a nossa copa do mundo
e algum amor me corrói
a febre maldita, os cantos malditos, os heróis da indiferença
vamos celebrar o sonho da cidade
nossas pequenas maldições
a opressão urbana, os preconceitos vivos, o egoísmo a granel
doses industriais de fel
e os estúpidos serão felizes
quando chegar a próxima
grande liquidação:
o inferno é o longe do fim
@pauloandel
1 comment:
Caro Andel, à granel, sua poesia vai conquistando a todos (menos aos idiotas - ou até mesmo)pela justeza das palavras, o encadeamento textual, o amplificar da vida. Continue que dela precisamos (sempre). Abraços. Pedro.
PS: pequeno pedido de desculpas: meu primeiro (tinha de ser no primeiro) conto começa errado: é encontrávamo-nos. Por favor, altere.
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