a fascinante solidão
dos últimos dias de julho
introspecção
uma triste canção
e as pessoas ocupadas
atabalhoadas
na sala de conversar
então falam e fazem
trocam textos e dígitos
provocações?
nada disso!
é o mar da frivolidade
quando o horário
esgotar-se
vão correr com sobras
para um bar bonitinho
e vamos escutar bem
a voracidade do nada
mil tons e dicas
que vão significar nada
e viveremos bem assim
a fascinante solidão
dos dias de julho
é a mesma, mesma
de um ano inteiro:
apenas se protege
na melancolia
dos dias frios, cinzas
damos tanto valor
ao nada que sempre
fomos
@pauloandel
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