por um momento
deparei-me com um talho na flor
dele, vinha incerto jorro
feito o de uma veia aberta
sangrenta
fosse chuva, era a cântaros
fosse tráfego, inevitável rush
por um momento
saltava a meus olhos um naco de cor
verdejante
esmeraldina bandeira
tomava-me de assalto tal qual
bandido fugaz
quando estendi a mão
para deliciar a flor
deparei-me com a fantasia
a perda
o vazio do nada
o nada do talho, o nada de flor
tudo mera ilusão
imaginário desejo
que, por vezes, vale a pena
vale a vida
paulo-roberto andel, 23/08/2007
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