boas vindas aos detratores da morte
tão sisudos e autossuficientes
pela certeza tão amarrotada
- vamos escolher tragédias!
- quem são os campeões de audiência?
a dor do outro é desimportância
e você, tem culpa do mundo?
corações solitários devastados
miséria de corpo, alma e amor
eles têm a grande solução, a ideia infalível, a genialidade!
resta explicar as águas contaminadas
os fuzis sedentos de ódio
a destruição pela ambição
os hipócritas com suas soluções rasteiras, tacanhas
uma criança chora na calçada
outra dorme podre na lama
e outra espera os pais que não virão
da condução
do bataclan
da esquina de ipanema
eles discutem esquerda e direita
porque perderam o centro
onde os pés no chão seriam lucidez
está chegando um novo verão
com arrastões, balas perdidas e enchentes
eu não me lembro de nada! nada!
boas vindas aos coronéis da morte
trazendo seus exércitos boçais
a fé na conta e deus por um trilho
a dor do outro é menor do que a minha
as esquinas são derrotas
os orgulhos fedem a fracasso
a província é tão vulgar que o homem de bem tem preço e local:
o apagão insano e vigoroso da memória
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