Hoje faz seis anos do pior dia de toda a minha vida.
Minha mãe comeu um sanduíche de peito de frango com salada e deitou cedo.
Eu, também, como raríssimas vezes em toda a minha vida. Sete da noite estava dormindo, exausto.
Veio a madrugada, meu pai me chamou assustado. É que minha mãe tinha parado de respirar durante o sono. Faleceu.
Naquele dia, eu preferia ter morrido a ter que passar por aquilo. E foi algo que mudou minha vida para sempre. Eu também morri e virei outro, muito outro. Mas jamais traí os ensinamentos de minha mãe sobre bondade, atitude, respeito, amor ao próximo.
E quem disse que minha mãe morreu?
Todo dia está lá em casa, assim como meu pai, seja numa lembrança, uma piada, um objeto, uma foto.
Não poder abraçá-la e beijá-la é péssimo. Mas só de poder ter vivido com ela trinta e oito anos já valeu toda a minha vida.
Minha mãe é meu amor. E isso basta.
@pauloandel
1 comment:
Caro Andel, lembrar é permanecer e seguir adiante. Nossa fatalidade e segurança: saber-se parte. Abraços, Pedro.
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