ah, o amor
estrebuchando no chão
enquanto os ódios sorriem
felizes
com abraços siameses
o nocaute do amor
é o cinturão de ouro
da raiva
o golpe de sorte da empáfia
- eu não tenho nada com isso!
- sacripanta! sacripanta!
o amor não dorme
em corações reacionários
- ele precisa de peitos abertos
e proletários da paixão
o amor surrado, socado
cheio de equimoses
enquanto o ódio, irmão
há de morrer sozinho
sem velas acesas e sequer compaixão
@pauloandel
2 comments:
Caríssimo Andel: com certeza o ódio é o que resta ao solitário. Pobre diabo, sem ofender o demônio, mas, apenas como ponto de referência. Nunca pensei assistir a tempos como agora, em que o ódio mais do que recheio, empapa o ar. Sufoca. E os de sempre a comemorar casas-grandes de champanhes e caviares. Mas, também encontro o amor, como, hoje, ao receber seu 2014 O espírito da Copa. Belo presente natalino. Gratíssimo, caro Cronista. Muito gratíssimo. Abraços da Tânia e meus.
Eu que agradeço a vocês sempre, poeta.
Post a Comment