Thursday, September 06, 2012

Love/ Sex/ Love



e se eu disser
que sonhei teu
corpo há pouco
feito tantas vezes
periga você
debochar de
mim?

dissesse de
qualquer 
saudade e
dois corpos
a bailar
na relva das peles:
saudade em gosto

e cores
e líquidos
enquanto tua carne
tremula frente ao
nosso carinho
e ninguém nos derrota!

então ficamos
distância
então ficamos
frieza
e tudo é terra
estrangeira
diante do que
foi um dia
navergar teu
dorso nu -
por que deixar
morrer o que
mal nasceu?
por que não
permitir o que 
é certo e traz
calor aos nossos
solitários
corações?

e, se eu disser
que quero 
teu corpo
como nunca,
periga você
desprezar
meus fins?

e se disser
que meu anseio
é fazer do teu 
corpo uma boca
sedenta, 
tesuda, 
ávida por
mil beijos 
e delícias
até que toda
saliva nos
alague?

agora somos
sexo, melhor
do que sermos
nada, distante
de que soubemos
ser dia, delícia
que nos afaga.

paulo-roberto andel 06 09 2012

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