Thursday, August 13, 2009
POEMAS DO SER - PARTE I
I
é o espelho da sala
em cacos e cacos
são estrelas cadentes
são contos finados
peças pontiagudas
lâminas afiadas
que oferecem
pequenos retratos
de esguelha
do que, um dia,
foi a melhor imagem
ou coisa que a valha –
é o espelho em pedaços
a vida em miúdos
e um auto-retrato
II
dor do inferno?
peixe-pequeno!
meu drible ainda é firme
meu olhar tem sete vistas
basta uma nova droga
um toque de repouso
e a vida
volta à vida
com suas
mentiras
contos
desejos
algum realismo fantástico
e a sodade megulhada
num mar de sal, iludida
III
repara
a brecha na janela
é a terça azul
que vocifera um feriado:
o sol de exigências
a comida rotineira
vitrines de renascença
e o conformismo na tevê
repara a terça, a brecha,
o teto
os urros de amor
num romance avizinhado:
a lascívia, saborosa,
mora na casa ao lado
repara o quente
que lhe aperta
o dorso nu
que se encerra
a secreção que interessa
repousa
namora
sofre e ri
paulorobertoandel140809
É ripa na chulipa!
ReplyDeleteGrande mestre Paulo voltou com tudo meu tricolor. Abração e bom final de semana.
ReplyDeleteSaudades...
ReplyDeleteGrande mestre,
ReplyDeleteVc sempre me emociona.
Grande mestre...
Andel, fôssemos apenas sábados, domingos e feriados, sem a intercalação dos dias (in)úteis. Tenho me alcançado pensando - e lendo - sobre o cotidiano: os pequenos gestos de amizade, sei, mas são tantas as idiossincrasias, não? Parabéns pelo texto. Abraços, Pedro.
ReplyDeleteLindo, forte,e tem ritmo,parabéns,
ReplyDeleteGostei muito de visitar teu blog.
ReplyDeleteTb do poema, xará do nosso amigo Antonio.
Voltarei.
Über, sempre.
ReplyDeleteBeijos e cuide-se.