ENCEFÁLICA I E II (REPRISE)
I
encefálica
intracraniana
parafernália
de natureza
imprevisível
máquina de medos
sonhos, receio
e volúpia
almanaque
fotográfico
pretobranco
ou sépia –
de onde emana?
duma lobotomia
anatômica?
duma trepanação
programada?
física, fálica
nítida e drástica.
II
encefálica
enciclopédia de mil naturezas
incerteza infinita
entre velas acesas
entre rigor e fé
contra o perverso rancor
encefálica
enfática pirâmide
onde cada pedra
é mistério no deleite de viver
imerso no raciocínio
encefálica
metáfora acoplada
numa caixa miolada
que inventa sete vidas
oito sortes
e um genocídio.
paulo-roberto andel
Anal, como diria os americanos.rsrs Adorei!!!!
ReplyDeleteLembrei da cibernêutica da rebimboca da parafuseta? rssr Mas está longe disso,muito longe.
"Über" como sempre, sinistro.
Beijosssss
Caro Andel, encefalicamente falando, perfeitas. Abraços e bom final de semana (quer dizer, se o fluminense deixar). Pedro.
ReplyDeleteUma verdadeira máquina!
ReplyDeleteE que perfeição! Ela só precisa ser treinada para ser usada em coisas úteis!
Abraço camarada!
Retorno triunfal do mestre tricolor. Que aproveitou mesmo com alguma dor na coluna para especializar-se nos mistérios do cérebro humano.
ReplyDeleteO cérebro é um mistério e isto é positivo.
ReplyDeletebjs
Paiulo Roberto
ReplyDeleteLembrei das aulas do curso de psicologia: neurofisiologia, neuroanatomia e Psicologia social, especialmente. Nas primeiras conhecer, localizar e saber as funções, assim, com cérebros na mão mesmo, cabeças cortadas em todos os sentidos. Na psicosocial pelo filme que foi nos apresentado onde na época da repressão usavam os "supostos anárquicos" para fazer experimentos. Lobotomia, por exemplo. O sujeito desaparecia, ficava um robô sem emoção.
Na atualidade, fatos políticos, o sistema social parecem-me pretendem fazer isso por outro meio, sem cirurgia para extrair uma parte do lóbulo frontal mas transformando o comportamento de um ser emocional que precisa defender-se bloqueando os afetos de carinho, atenção, prazer.
Beijos